Storytelling
Sempre me perguntam como fui parar na medicina, mais precisamente na Neurocirurgia Pediátrica. Costumo responder que foram pequenos e importantes encontros, que me trouxeram até aqui.
Minha trajetória começou no Colégio Pedro II, onde conheci a biologia, química e a física e me apaixonei pela ciência. Em 1996, ingressei na Faculdade de Psicologia da UFRJ, onde nas aulas de anatomia, percebi que aquela não era minha verdadeira vocação. Eu amava os enigmas da mente, mas queria mais. Queria entender, cuidar e curar o corpo e ano seguinte, iniciei o curso de Medicina pela UFRJ.
O primeiro professor que conheci na faculdade foi o chefe do Departamento de Anatomia. Ele se apresentou a turma e disse que era neurocirurgião. Lembro das expressões de surpresa e admiração que causou em todos nós. “ Gente ele é neurocirurgião!! “. Ainda não ali, que tomei minha decisão.
Inicialmente acreditei que faria Ginecologista/Obstetrícia, porque a gestação, o parto e os bebês sempre me encantaram. Já sabia que trabalhar com crianças era minha vocação, mas não seria sendo pediatra.
No quarto ano de faculdade, iniciei estágio no Hospital Souza Aguiar e lá tive meus primeiros contatos com a neurocirurgia e como costumo dizer, fui apresentada a “ minha cachaça” e nunca mais nos separamos.
Dra. Aline Saré de Melo
Neurocirugiã Pediátrica
- (21) 99426 5622
- contato@draalinesare.com
Entre 2003 e 2007 fiz minha residência em neurocirurgia no Hospital Federal do Andaraí e em seguida a pós-graduação em Neurocirurgia Pediátrica no Instituto Fernandes Figueira – Fundação Oswaldo Cruz.
Desde então foram dezenas de cursos nas mais diversas áreas, um fellow em 2012 no Hospital Garrahan em Buenos Aires, maior hospital pediátrico da América Latina e mais de 22 anos dedicados a neurocirurgia e ao aperfeiçoamento e inovação, para oferecer aos meus pacientes tratamento humanizado, diferenciado e eficaz.
Ajudar, reduzir o sofrimento, compreender a dor e quem sabe curar são movimentos que sempre estiveram presentes na minha vida.
A medicina foi a maneira mais coerente e eficiente de transformar em profissão o que já fazia parte do meu cotidiano e caráter.
Ser mulher, neurocirurgiã e mãe nunca foi fácil. Abdico e equilibro todos os dias muitas coisas na vida profissional e pessoal para exercer minha escolha. Percebo nitidamente avanços neste sentido, mas ainda temos um longo caminho. Por este motivo, faço parte da Comissão de Mulheres Neurocirurgiãs da SBN, a qual torcemos para que não seja mais necessário em curto prazo.
Participo também como diretora de comunicação da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia pediátrica (SBNPed) e Sociedade Neurocirurgia do Rio de Janeiro (SNCRJ) , além das Comissões executivas dos próximos congressos Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN-2026) e Associação Latino Americana de Neurocirurgia Pediátrica (ASOLANPED- 2025). Membro titular da SNCRJ, SBN, SBNPed, ASOLANPED, FLANC e ISPN.
Sou perfeccionista, detalhista e busco diariamente crescer, aprender e compreender a patologia de cada paciente que recebo, respeitando sua individualidade e necessidade.
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